quarta-feira, 31 de março de 2010

Rima de Tia

Nasce Ana Clara.
Facho de luz
Enchendo de sol a nossa vida
Iluminando varandas, espaços, jardins.

Chega borboleteando as nuvens
Brincando de anjo em terra de homens
Dando um sentido especial a tudo que se chama amor.

Seja bem-vinda, Ana Clara.
Seja abençoado o seu colo,
Cadente o seu caminho,
Cheio de música o seu chorinho.

Seja feliz no seu viver
Pois o seu nascer, você já sabe:
é imensidão de emoção e alegria.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Família

Família nenhuma é perfeita. Unida, embolada, fragmentada, inteira. Com anjos ou ovelhas negras, mama italiana ou judia por natureza, pais separados ou em plenas bodas.
A verdade é que nada é mais confortante do que poder ter a família por perto, nas horas boas e nas horas ruins. Seja para dar uma boa notícia, acudir na hora do aperto, estender a mão, passar pra frente uma prece, pedir colo e proteção.
Por maiores que sejam as diferenças e os caminhos trilhados por cada um, nada como esta ligação que dá razão e sentido. Nada como o abraço contagiante, o almoço de domingo, os olhos cheios de emoção. Nada como olhar pra trás e enxergar as raízes - raízes que sustentam, fazem história, explicam um porção de coisas e geram frutos os mais lindos.
Se é verdade que a gente escolhe, muito antes de nascer, a família que vai fazer parte, encho o coração de ternura para agradecer de onde vim. E olho com imenso carinho o que também veio depois disso - a família que formei, a família do meu marido, que adotei como minha.
Família nenhuma é perfeita, eu sei. Mas é tudo.

domingo, 28 de março de 2010

Banhozinho de leve

Acho que o Léo anda meio fã do Cascão.
Sexta-feira teve que ir ao médico por causa de uma forte faringite. Muita tosse e dor de garganta.
Saindo de lá, fiz questão de ler a receita pra ele, em alto e bom som:
"Evitar piscina, gelados, ar-condicionado e cabelos úmidos. Tomar banhos rápidos."
Depois que li a última frase, ele exclamou:
- Essa é a parte boa!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Brincando de mãe

Ontem minha irmã do meio fez aniversário. Quando vi os números 2 e 9 brilhando acesos em cima do bolo, constatei a inevitável passagem do tempo. Olhei pra trás e me vi, com todo o glamour de irmã mais velha, cuidando da minha "bonequinha viva".
Empurrava o carrinho para fazê-la dormir, inventava canções de ninar, ajudava minha mãe no banho e na trocação de fralda, dava-lhe coragem para aprender a andar. Se ela não parava quieta, eu dizia que "o jacarezinho ia pegar". (Não é à toa que a danada acabou virando veterinária...)
Lá pelos seus 4 anos, trocando o "r" pelo "l", precisou ir à fonoaudióloga, e quem a levava também era eu. Enquanto a pequena treinava a fala com leite condensado, eu ficava na sala de espera, no meio de um tanto de mães, ouvindo casos de dona de casa, aguada num leite condensado...
Lembro disso com carinho, com a ressalva - e um leve puxão de orelha na minha mãe - de que talvez tenha me tornado gente grande antes da hora, responsável demais...
Mas também conheço casos que são o avesso dessa história. Pais que saem para trabalhar e deixam crianças cuidando de outras crianças. E aí, no lugar do cuidado fica o descuido, a distração, a falta de noção. Não é por mal, mas por falta de maturidade. Consequência: crianças expostas ao sol, à rua, ao fogão, ao perigo - palavras que definitivamente não combinam com a materna-idade e a paterna-idade.
A estes pais, o meu carinhoso puxão de orelha.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Fim de caso

Tudo que começa um dia tem que terminar.
Angustiada, mas ao mesmo tempo decidida a encarar a verdade, Bia* pediu à sua irmã que ligasse para o fatídico número.
Raquel* ligou, explicou a situação e o que ouviu foi uma impaciente resposta:
-Olha, está havendo algum engano, eu não tenho nada com isso.
- Mas as mensagens vieram do seu celular... Com direito a encontro marcado e tudo!...
Raquel fez questão de ler as mensagens para a fulana. E aí veio a grande surpresa:
- COPEG? Você disse COPEG*? Peraí. Por acaso a sua irmã tem filho adolescente?
- Tem, sim, o Felipe*.
- Um minuto. Rafaelaaaaaaaaaa*! Por acaso você conhece algum Felipe?
- Co-conheço, mãe. Ele é da minha sala lá na escola, a gente tá meio que ficando...
Na espera mais tensa da sua vida, Bia viu sua história ganhar um final feliz. Não sabia se puxava a orelha do filho ou se enchia ele de abraços e beijos.
Acabou enchendo o celular do menino de créditos, e fez ele jurar que nunca mais mandava mensagens do celular do pai.
Qualquer semelhança com a sua novela é mera coincidência.

*Nomes fictícios.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Caso de traição - parte II

Depois de três dias da primeira mensagem veio a segunda: “Amor, te vejo na COPEG.”
Pior: ao checar a caixa de saída do celular, Bia viu que havia mensagens enviadas para o mesmo número, e depois deletadas.
Aí foi a gota d´água. Bia colocou Marcos na parede e exigiu saber toda a verdade, aos prantos, se desmanchando em dor e decepção.
Tranquilo, ele disse que aquilo só podia ser um engano e, para provar, ia ligar para o número da mensagem na frente dela.
Bia gritou que não. Não ia dar conta dessa confrontação, não estava preparada.
Fim de linha? Segunda chance? O que você faria?
Aguarde o post do último capítulo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Caso de traição

Parece capítulo de novela, coisa de Manoel Carlos.
Mas aconteceu de verdade com uma grande amiga e, já que ela autorizou, a história veio parar aqui no blog.
Imagine um casamento estável, mais de 20 anos, 3 filhos e uma vidinha feliz – nenhuma propaganda de margarina, é claro, mas uma vidinha feliz.
Pois é. Só que um dia a Bia* foi usar o celular do Marcos* e acabou encontrando a mensagem de uma mulher: “Amor, senti sua falta. Por que você não passou na minha sala hoje?”
Perna bamba. Sudorese. Taquicardia. Por dentro da Bia, era como se um terremoto fosse abalando tudo: sua estrutura, sua história, sua vida. O chão despencou.
Pior do que a sensação de estar sendo traída era pensar na possibilidade da perda. Perder seu marido, seu companheiro, o amor da sua vida. E aí Bia começou a sofrer calada. Chorando escondida, deixando de comer, agindo de uma forma estranha com Marcos – fugindo dele, recusando o sexo, deprimindo-se um pouco a cada dia.
E você? O que faria nesta situação? Como reagiria diante de uma traição?
Aguarde cenas do "próximo capítulo".

*Nomes fictícios.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Flores para você

Para lembrar do amor, da delicadeza,
do perfume, de tudo que é singelo.
Para você que dá colo e pede colo.
Que é mulher e também menina.
Que sonha e realiza.
Que cai e levanta.
Que veste máscara e capa de mulher maravilha.
Que acha que tem que dar conta de tudo.
Que se desdobra, sofre, chora.
Que se embeleza e põe as cartas na mesa.
Que suspira com noites de amor.
Que faz bonito na reunião.
Que não tem medo de mostrar seu talento ao mundo.
Que se desmancha por uma taça de vinho.
Que sabe que nem tudo são flores.
Que reconhece a emoção de ser mulher.