quinta-feira, 6 de maio de 2010

Guerra

Ontem tive a alegria de participar do Programa Caleidoscópio, da TV Horizonte.
Apesar de não ser uma especialista em assuntos bélicos, fui convidada a falar sobre a guerra, juntamente com dois professores da área de Relações Internacionais e um estudante brasileiro que serviu ao Exército Israelense.
Essa era a pauta: guerra. A guerra que mata, que fere, que explode, que bombardeia e separa. A guerra do Vietnã, do Iraque, do videogame que aliena o seu filho por horas a fio, fazendo-o apertar mecanicamente o mouse como se fosse o gatilho de uma metralhadora.
Haja dor. Haja caos. Haja aleijamento do senso de humanismo, juízo, prudência. Haja falta de paz e benevolência.
Falar de guerras tão históricas e distantes me fez lembrar das guerras que escuto todos os dias no consultório: guerras frias, fervorosas, silenciosas. Verdadeiros armamentos dentro de casa, desunindo casais, quebrando famílias, rasgando o que poderia ser uma convivência de paz. Violência psicológica na escola, ecoando pelos corredores e reverberando na internet através de mentiras, rótulos, preconceitos. (O novo e famoso bulling.)
As pessoas estão guerreando sem perceber. Sem se darem conta. É ataque e defesa, pó e poeira, distância e aspereza.
Do jeito que as coisas estão, fica difícil pensar na possibilidade - mesmo que a princípio utópica - da paz. Mas me recuso a perder a batalha pra guerra.
Podem me chamar de ingênua, cega, poeta, otimista. 
Prefiro acreditar na força maravilhosa que a vida tem de transformação.
(...)
Paz pra você.

8 comentários:

  1. De um ingênuo otimista para outro. A cada conflito que sobrevivemos, aprendemos algo. Isso, por si só, já é um sinal de esperança.

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  2. Aprendizado é o que não falta, Regis. Esperança também.
    Abraço, obrigada pela visita!

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  3. Como não é especialista, fia?
    Quem é especialista em dengue, não faz é acabar com ela?
    Quem é especialista em lixo, não faz é acabar com ele?
    Você acha que nós queremos o que?
    Pode arrumar mais debate que você tem uma horda de especialistas pra ir com você.
    Beijos

    PC

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  4. Ah, PC, a cada comentário seu, um grande sorriso meu!...
    Obrigada pelo carinho!
    Beijos

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  5. acredito com você na maravilhosa força da vida !!!!!!

    beijos

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  6. Só nos resta acreditar, Solange!...
    Beijos

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  7. Renatinha, uma vez ouvi de uma psicóloga que existe uma diferença entre ser ingênuo e inocente. Parece que o inocente é quem desconhece o perigo e o ingênuo é aquele que sabe que ele existe, mas finge que não é com ele.
    Daqui de dentro da terrível guerra fria que estou vivendo, acho que somos na verdade inocentes, sonhadores e utópicos, graças a Deus. Se ninguém for assim, estamos fadados ao conformismo e à repetição das fórmulas de guerra, que continuam a matar (de várias maneiras) tantas almas, sem trazer nada que efetivamente compense o custo... beijos

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  8. Vick querida,
    Perco a minha paz de saber que você pode estar vivendo uma terrível guerra fria!...
    Vamos marcar um encontro já!
    Beijos carinhosos

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