terça-feira, 29 de março de 2011

Sexo depois do casamento

A extinta discussão sobre sexo antes do casamento tem acendido uma outra discussão, não tão caliente, sobre o sexo  depois do casamento.
Mas antes de chegar lá, vamos namorar um pouquinho o tema. Basta olhar para os casais de namorados e ver que o assunto corre nas veias. Eles se aprontam, se perfumam, se encontram e se reinventam para fazer jus ao que são. Misturam pitadas de paixão, amor, afeto, prazer. Chantily, lua cheia, elevador, pousadinha nas montanhas, bombom de licor. Muito prazer.
Passemos ao matrimônio. Cama, mesa e banho. Intimidade vivida e compartilhada todos os dias. Café da manhã, almoço e janta. Contas a pagar. Crianças chorando. Bolo da empregada na segunda de manhã. Escovas de dente habitando o mesmo espaço. Cabides se misturando no armário. E aí vem os beijos de selinho, as pizzas de domingo, o churrasco no terraço. Vem o cafuné na hora da novela, a disputa do controle-remoto, os jogos de futebol. E aí, quando as crianças vão dormir, vem o convite pro amor. Pra confirmar tudo o que existe, todos os eu te amos que levaram a este caminho, toda a beleza de um vínculo construído a cada dia.
Sim, a paisagem muda sim. Da água pro vinho. E é nessas horas que a gente pega o vinho e bebe. Brinda. Derrama. Enebria o amor. Convida o Deus Baco pra festa. É nessas horas que a gente rompe com o estereótipo de que o casamento vira rotina e que a rotina acaba com o sexo.
A questão talvez esteja justamente na diferença entre os sexos. Na forma como a mulher e o homem vivem esse convite pro amor. (Viva as diferenças, já ouviu essa frase antes?)
Mas isso é assunto para o próximo post.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Infecção escolar

Febre, tosse, coriza. Quem tem filho pequeno  conhece bem estes sintomas, e acaba batendo na porta do pediatra ou enfrentando fila nos hospitais .
Sábado lá fui eu com a Bella no Dr. Nelson (um dos "doutores da minha alegria"), examinar a pequena para saber se o problema era otite, faringite, amigdalite ou a clássica virose.
Na anamnese, ouvindo a respiração difícil da sua paciente, ele me disse que tem atendido várias crianças com o mesmo quadro. Disse a ele que a diretora da escola dos meninos também me confirmou o alto número de alunos gripados.
E foi aí que ele fez o seguinte comentário:
- É... As pessoas se preocupam muito com infecção hospitalar, mas se esquecem da infecção escolar, atualmente frequente e preocupante... Criança com febre está com infecção, não deve ir à escola.
Muitas mães argumentam que acabam levando o filho à aula, mesmo com febre, por não terem com quem deixá-lo. Afinal de contas, precisam trabalhar.
É, mãe. Não é fácil. Falo de cadeira, como mãe e profissional que sou. Mas esse negócio de infecção escolar não é brincadeira. Por isso, antes de bater ponto no serviço, bata na porta da avó, da tia, da madrinha. Peça socorro, ajuda, help. E se não tiver outro jeito, mande um atestado pro chefe e fique em casa cuidando do seu maior tesouro.
Junte às gotas de antialérgico, antitérmico e antibiótico pilhas de revistinhas, DVDs, colo e  muito carinho.
Esse cuidado faz um bem danado.

terça-feira, 15 de março de 2011

Casamento

E eles se casaram, depois de juras e declarações de amor. Depois de juntarem dinheiro, escovas de dente e roupas de cama. Depois de ouvirem que o amor habita a alegria e a tristeza, a saúde e a doença, "até que a morte os separe".
Com todo o respeito, seu padre, naquele momento não dava para pensar em fim. Apenas começo, página branca como o véu da noiva,  sino batendo, livro novo na estante.
Saíram da igreja aos beijos e aplausos, sob uma fina chuva de arroz, sol nascente dentro de cada um.
Levariam um tempo ainda para cozinhar o feijão, viver o dia-a-dia das contas, das reuniões de condomínio, do choro de alegria dos filhos.
Sem perceber foram envelhecendo juntos, se amando um pouco mais a cada dia, dormindo como conchas do mar e assistindo à TV de mãos dadas.
À tristeza iriam se somar as quedas, os tropeços, os inevitáveis desencontros.
À doença iriam se somar as crises de TPM, os pavios curtos, as dores de cabeça no meio da noite.
O padre tinha razão. Ao colorido do amor se juntam nuances de cinza, preto, bege, cores que desbotam com o tempo.
E quando tudo parece árido, vazio, asséptico, vem o amor para lembrar a que vem. Nascendo de novo como o sol que nunca falta, trazendo consigo a força de uma história, de um sonho emoldurado por beijos e abraços, fotos e filhos, netos que também trazem choro de alegria. Dizendo sim sem precisar de palavras. Ouvindo a marcha nupcial quando o silêncio fala mais alto. Florescendo um jardim inteiro quando o buquê há muito tempo já secou.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Rótulos

Coca. Brahma. Nokia. Omo. Sadia. Doriana. Suuuuuuuuuuuuflair.
Não, isso não é um break comercial. Não estou fazendo propaganda para marca alguma.
A pausa aqui não é do intervalo da novela, mas da novela que é viver uma vida de rótulos.
O gordinho, a insensivel, o quatro-olhos, a burrinha, o gênio, a desleixada, o egoísta, a escrachada.
A boazinha, o fominha, a bicho-do-mato, o galinha, a magricela, o CDF, a boazuda.
Rótulos grudam, machucam, às vezes levam uma vida inteira para sair.
Podem começar com uma brincadeira, uma piada. Com o passar do tempo não têm graça nenhuma.
Rótulos podem vir de uma aparência. E as aparências enganam,  não é assim que reza o ditado?
Podem vir de características momentâneas, passageiras. Características que também podem mudar com o passar do tempo.
Prefiro pensar que cada um tem a sua marquinha registrada: amoroso, introvertida, alegre, espontânea, educado, leve, descontraída, irreverente, flexível, atencioso, sábia, sensível, maternal, amigo.
Qual é a sua marquinha registrada?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Let´s celebrate

Mojito.
Alegria.
Samba no pé.
Bota fé.
"Com quem será?"
É pra já.
Emoção.
Café com pão.
Cappuccino.
Biscoitinho da sorte.
Nenhum motivo para comemorar.
Todos os motivos para comemorar.
Taça de vinho.
Que venha tudo de bom.
Luz.
Felicidade.
Realização.
Completude.
Todo o amor que houver nessa vida.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sim e não

Tem gente que desanima diante de um NÃO que leva na vida.
Leia-se nesse NÃO um fora, o fato de não ter passado no vestibular, o resultado de um diabetes, um trabalho que não vingou.
Tem gente que fica no fundo do poço. Xinga, esbraveja, deprime, reclama, custa a levantar da cama.
Tem gente que faz desse NÃO um estímulo pro SIM. Que, por maior que seja a queda, não desiste do passo de dança. Sacode a poeira, dá a volta por cima, vira a página e começa tudo de novo.
Faz do NÃO desafio, meta, objetivo. Arregaça as mangas e corre atrás do SIM, pra esfregar na cara do NÃO que ele não é a única e definitiva resposta possível. Ah, isso não.
E você? Como reage diante do NÃO?
Sim, si, como no, compartilhe sua experiência aqui.